A série Gundam e os brinquedos Gunpla, pequenos robôs de plástico que vêm totalmente desmontados e cuja montagem fica por conta do usuário, são uma das marcas mais populares do nosso querido mundo nerd. A palavra “Gundam” vem de uma história de máquinas de combate gigantes, acompanhadas de personagens que carregam grandes fardos, com uma trama cheia de elementos políticos e de violência. Foi durante um bom tempo o sonho de toda criança ter um Gunpla, ou ao menos ver um de perto, como o famoso robô gigante que existe no Japão.
“É com esse desejo antigo que nos deparamos ao jogar Gundam Breaker 4, game desenvolvido pela Crafts & Meister e publicado pela Bandai Namco, em que você pode construir seu próprio Mobile Suit da forma que quiser, batalhar contra outros jogadores online e escalar até o topo com o melhor mecha de combate. A premissa é bastante poderosa: GB 4 se passa no mundo virtual GUNPLA Battle Blaze: Beyond Borders, que está entrando em sua fase de testes. Você é um novo jogador que estabelece um clã com literalmente as primeiras pessoas que encontra, e toda a narrativa gira em torno de você se divertir nas batalhas e competir com outros clãs. A história avança de acordo com as cutscenes entre os personagens nas áreas do lobby.
No jogo, também temos áreas onde montamos nosso Gunpla, permitindo pintar e montar com qualquer peça que você achar interessante, além de armá-lo para a batalha com armas de longo alcance (long-range) e de curto alcance (close-range), basicamente para distâncias variadas. Particularmente, achei difícil pintar o Mobile Suit, pois há muitos detalhes e opções. Outra parte do lobby é a área de exposição, onde podemos criar poses e exibir nosso Mobile Suit de uma forma poderosa.
Você também definirá as EX-Skills e OP-Skills que formarão a espinha dorsal do seu conjunto de movimentos, dependendo das peças que você equipar. Essas são habilidades únicas que possuem tempos de recarga baseados na contagem de combos e pequenos temporizadores. É possível salvar projetos para uso futuro e ajustes, e há um sistema de filtragem extenso que permite identificar mais facilmente o que você está procurando.”
O combate apresentou alguns problemas, mesmo no tutorial. O botão de dash e de pulo no mesmo local não foi uma boa escolha. Além disso, o sistema de combos incentiva a transformar os adversários em sacos de pancada para obter as melhores notas, o que também tornou os controles difíceis. No entanto, apesar da quantidade de comandos, atirar e cortar Mobile Suits gigantes foi uma experiência incrível. Eles possuem pontos fracos que, ao serem atingidos, os deixam atordoados, facilitando a sequência de ataques.
Outra característica excelente são os kits Gunpla, que transmitem a sensação de serem reais. É possível ver as caixas de onde vieram, o que acrescenta um charme ao jogo. Por outro lado, o visual do lobby é bastante simples. Ele parece um espaço tecnológico grande, meio vazio, lembrando um campo de servidor online. Isso até faz sentido dentro da história, mas seria interessante algo mais próximo do estilo de Armored Core 6.
Quanto às missões, o jogo oferece uma divisão entre missões de história, extras e caçador de recompensas, embora todas sigam uma estrutura semelhante. O jogador avança com seus aliados em um campo de batalha enfrentando ondas de inimigos, sendo que a última onda sempre traz unidades Gundam mais fortes e famosas da série animada. Cada estágio tem três níveis de dificuldade, baseados nas peças recomendadas, com o nível Hardcore sendo significativamente mais desafiador. Assim como na personalização Gunpla, GB 4 permite que o jogador encare as missões no seu próprio ritmo e estilo. As recompensas do estágio são as mesmas independentemente da dificuldade escolhida, com peças melhores sendo vinculadas ao desempenho geral.
O combate também é rápido e frenético, com chefes suficientemente inteligentes para bloquear, desviar e usar suas próprias habilidades. Embora os membros do grupo controlados pela IA sejam amplamente inúteis nas dificuldades padrão contra qualquer coisa que não sejam Mobile Suits mais fracos, eles ao menos conseguem manter a base sob controle enquanto o jogador se concentra em outros inimigos.
Uma coisa impressionante sobre Gundam Breaker 4 é o quão bem o jogo roda no Switch. Vale mencionar que certos padrões e texturas podem, às vezes, parecer mais desorganizados do que o pretendido, especialmente no modo portátil. Os diversos ambientes em que o jogador é inserido durante as missões são sem características marcantes, de baixa resolução, e não fazem referência a nenhuma parte da série animada. As referências às séries estão presentes nos próprios Gunplas, incluindo as mais recentes, como Witch from Mercury, que foi o Gunpla principal que utilizei.
I can’t tell you how much fun it was to put together parts and make Gunpla in Gundam Breaker 4, that was the best part of the gameplay. Bandai did a good job bringing a game in the franchise that doesn’t overly push its property and brings new players to the system, new players may enjoy Gundam Breaker 4.
[Nota do Editor: Gundam Breaker 4 foi analisado a partir da sua versão para Nintendo Switch. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela Bandai Namco para avaliação.]
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