Já sentiu a vontade de escapar de tudo? Aproveitar um momento sossegado, visitar plantações, procurar coisas para colecionar e explorar alguma cidade pequena e nova? Natsu-Mon: 20th Century Summer Kid se passa no Japão, em agosto de 1999, e você joga como Satoru, um menino de 10 anos que está viajando com os pais, que são donos de um circo. Sendo apenas uma criança, você tem todo o tempo livre durante o mês enquanto o circo está na cidade
Acorde, tome café da manhã, faça alongamentos matinais e, então, você está livre para fazer o que quiser até as 17h, quando começa o jantar. Depois, você também terá algumas horas de vida noturna antes de entrar na terra dos sonhos. Um elenco regular de personagens circula pela cidade em todos os momentos do dia: o dono do café, o irmão gêmeo que administra o farol e o jornalista. Muitos apenas ficam por perto, mas alguns proporcionam pequenos momentos mágicos, como quando você vai ver quem está saindo para beber à noite ou quando os donos do café e da loja de brinquedos praticam tocar músicas folclóricas sob uma árvore. Ainda assim, a repetição é naturalmente alta, pois você cria uma rotina diária de conversar com um personagem apenas para descobrir outro ponto da trama.
Natsu-Mon foi lançado originalmente para o Nintendo Switch no ano passado, mas agora está em um idioma comum a nós. Visualmente, o jogo lembra um pouco as paisagens de Breath of the Wild, e até pega emprestado alguns itens, como um medidor de resistência, um planador e a habilidade de Satoru de se agarrar e escalar qualquer superfície vertical.
O jogo possui uma grade de missões pequenas e grandes, além de algumas chamadas Detetive, nas quais você recebe recompensas emocionantes, como adesivos. As missões variam entre capturar insetos e jogar minijogos, enquanto as de detetive dependem do que a Trumpet Forest Detective Agency coloca para você fazer. As menores missões lhe premiam com uma quantia em dinheiro, que pode ser usada em lojinhas no jogo e para comprar passagens de ônibus. Apesar de fazer tudo ser divertido, é melhor focar nas missões que dão dinheiro no início, pois você vai precisar mais adiante, sem spoilers.
Apesar de tudo ser muito interessante, a tradução do jogo me parece estranha. Realmente penso que foi feita em japonês primeiro, pois a gramática fica confusa, especialmente perceptível ao escolher algo para escrever no diário (journal). O jogo eleva a parte relaxante que buscamos. Um dos métodos que os desenvolvedores usaram é o fato de o personagem não ter limite de vida, apenas um limitador de resistência e o horário do jantar. Você pode ficar mais lento ao perder resistência ou cair de uma altura alta o suficiente, mas nunca será derrotado.
Há atividades paralelas, como pesca e coleta de fósseis, além de um suprimento constante de missões que o mantém ocupado descobrindo mais histórias e aprendendo sobre os personagens. Natsu-Mon tem a aparência de um simulador de vida aconchegante, mas eu sempre sentia uma ansiedade para fazer tudo correndo, como completar duas missões ao mesmo tempo ou até correr sem rumo.
O mundo aberto é bem desenhado, com personagens cartunescos e cores suaves, e o gráfico low-poly possui texturas simples. Natsu-Mon é uma experiência muito agradável. Embora haja alguns momentos de queda na taxa de quadros, isso não chega a atrapalhar no modo portátil, pois não achei que fosse perceptível. O jogo, em muitos momentos, pode parecer um pouco lento, talvez por isso a vontade de correr em algumas partes, mas a liberdade e as atividades à disposição certamente deixarão seu verão incrível.
Embora o jogo, à primeira vista, pareça pequeno, apesar de sua extensão e qualidades, seu preço pode ser considerado elevado para o público brasileiro (R$ 199,00), especialmente em comparação com outros títulos aconchegantes e focados em narrativa
Natsu-Mon’s strengths lie in its modest size, good settings, and many peculiar characters. It’s a game that takes little time each day to progress and is extremely charismatic and relaxing. It lacks in some aspects, such as performance and low poly graphics that lose some of their quality in docked mode, but these are not really flaws compared to all the therapy this game provides.
[Nota do Editor: Natsu-Mon: 20th Century Summer Kid foi analisado a partir da sua versão para Nintendo Switch. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela Spike Chunsoft para avaliação.]
Deixar uma resposta