O nosso "vilão" interno

O nosso “vilão” interno

O conflito interno existente em cada coração gamer.

O conflito interno existente em cada coração gamer.

O conflito de uma raça. É o título de uma das estórias mais impactantes dos X-Men, (God loves, Man kills. por Chris Claremont Brent Anderson, Marvel Comics) aquele grupo perseguido e odiado apenas por ser diferente dos julgados “normais”. Jogos (e quadrinhos) dos X-Men sempre me fascinaram por apresentar uma premissa totalmente nova, o jogo sem um “vilão clássico”, um vilão “maniqueísta” (Coringa) ou “malthusiano” (Thanos). Eram duas faces da mesma moeda lutando por sobrevivência, numa visão míope que ela apenas seria garantida eliminando os mutantes antes deles eliminarem, via seleção natural, os humanos, muito simples e ao mesmo tempo muito complicado.

O nosso "vilão" interno
Leiam !!!

Não é complicado traduzir esse embate fratricida nos dias turbulentos em que vivemos uma insegurança digna dos habitantes de Nova Iorque dos quadrinhos, (por qual razão alguém ainda mora lá?) sem saber quem tentará destruir a cidade ou destruirá a mesma tentando salvá-la. “Heróis” transformam-se em “Vilões” tanto quanto queridos amigos se tornam inimigos perdidos por uma discordância política rasa sem razão ou importância.

O nosso "vilão" interno
Bom jogo do Nes.

Somos o nosso pior inimigo pelo simples fato de que ninguém nesse mundo sabe tão bem nossos medos, inseguranças, segredos, maldades e motivos para fazer tudo que fazemos. Um simples pensamento negativo pode destruir seu dia, semana e planos para toda uma vida. Uma palavra do seu vilão interior e aquela pessoa que seria o amor da sua vida acaba virando uma lembrança amarga entre goles de bebida gelada regando as músicas tristes nas madrugadas das rádios de “sofrência“.

O nosso "vilão" interno

Mas esse vilão interno não para por aí. Ele pode se manifestar contra as pessoas a nossa volta na forma de insultos num chat de jogo, do machismo primitivo, das agressões verbais que tentam esconder as fraquezas do agressor. Gamers se tornam predadores famintos e ao mesmo tempo tão patéticos quanto o Scar de Rei Leão buscando presas emocionalmente frágeis para devorar a sua autoestima numa tentativa vã de repor a sua própria. Como vampiros incapazes de saciar a fome, atacam e atacam sem perceber a própria fragilidade facilmente destruída à luz do sol.

O nosso "vilão" interno
Eterna luta.

Assim como nos jogos dos X-Men nos perdemos na rotina da sobrevivência diária, fugindo e contra atacando sem perceber a cadeia sem fim de medos e baixa autoestima que consome nossas barrinhas de energia rumo ao game over social, afastando irmãos e amigos também vítimas dos mesmos pesadelos reais ou virtuais. E por acaso existe uma saída?

O nosso "vilão" interno
Será que os vilões tem “heróis” internos?

Sim, com os X-Men também aprendi que a resposta a agressão não é mais agressão e sim a união. Unidos somos mais fortes e podemos ajudar mais gente. Unidos tudo fica mais palatável e agradável. Unidos até o mais perdido entre nós pode construir sem medo de perder aquilo que jamais teve. Unidos e apenas unidos nossas diferenças se tornam ínfimas perante nossas qualidades e então nada mais importa. Unidos.

O nosso "vilão" interno
Magneto e Xavier. Unidos.

Apenas… unidos.

O que você acha disso?

Um Mega abraço!

Até semana que vem…


[A coluna acima reflete a opinião do redator e não do portal Project N]

Nerd, nostálgico, pai e professor. Reclamador profissional com PHD em Harvard. Conheço o Mario, e daí? Assopra a fita e bora jogar! Canal Juninhos Fun Club no Youtube!!!