Já havia feito a análise Sonic Racing: CrossWorlds quando o jogo chegou ao Nintendo Switch original. Na época, a experiência me agradou bastante em termos de jogabilidade e conceito, mas ficou claro que os principais pontos negativos estavam diretamente ligados às limitações técnicas do hardware, especialmente nos gráficos serrilhados e na apresentação visual abaixo do ideal.
Agora, com o lançamento de Sonic Racing: CrossWorlds no Nintendo Switch 2 e com a oportunidade de revisitar o jogo nessa nova plataforma, a sensação é de estar diante de uma versão mais próxima daquilo que a SEGA sempre quis entregar. A base é a mesma, mas o impacto muda bastante quando o desempenho e os visuais finalmente acompanham a proposta.


Uma franquia que insiste em correr riscos
Sonic Racing: CrossWorlds é mais um capítulo da SEGA de consolidar seu mascote no gênero de corrida. Desde Sonic R até Sonic & All-Stars Racing Transformed, a série sempre foi um espaço de experimentação, buscando equilibrar velocidade, identidade e pistas criativas.
Em CrossWorlds, a aposta é clara: unir múltiplos universos em um mesmo jogo. Personagens, cenários e referências de diferentes eras e franquias coexistem, criando uma experiência que funciona quase como uma celebração do legado do Sonic e da própria SEGA. É uma proposta ambiciosa, mas funciona muito bem!
Gameplay sólido e acessível
A jogabilidade continua sendo um dos maiores acertos do jogo. CrossWorlds é extremamente acessível, com controles simples de aprender e fáceis de dominar. Acelerar, usar drift e lançar itens contra os adversários acontece de forma natural, tornando o jogo convidativo tanto para iniciantes quanto para jogadores mais experientes.


As pistas são rápidas, cheias de atalhos e transmitam bem a sensação de velocidade que sempre foi marca registrada do Sonic. O ponto negativo permanece sendo a repetição. Após algumas horas, as corridas podem começar a parecer muito similares, e falta aquele elemento surpresa constante que mantém o jogador preso por longos períodos. Ainda assim, dentro da proposta, o gameplay é refinado e consistente.
O Conceito de “CrossWorlds”
O subtítulo não está ali por acaso. O conceito de CrossWorlds realmente define a identidade do jogo. A mistura de universos permite que personagens de estilos visuais e épocas diferentes apareçam lado a lado, competindo em pistas que homenageiam fases clássicas e modernas.
Para fãs antigos, é impossível não reconhecer referências dos jogos dos anos 90. Para quem chegou mais tarde à franquia, há cenários inspirados em títulos recentes. Essa combinação cria um apelo nostálgico forte, mas sem afastar novos jogadores.


Parcerias e conteúdo do primeiro ano
Outro ponto que merece destaque é o suporte planejado para o primeiro ano do jogo. A SEGA apostou forte em parcerias e atualizações sazonais, transformando CrossWorlds em um grande crossover.
Ao longo do primeiro ano, o jogo recebe seis pacotes de conteúdo com franquias extremamente populares, alguns já disponíveis como: Minecraft e Bob Esponja, e outros que estarão disponíveis ao longo do tempo como: PAC-MAN, As Tartarugas Ninja, Avatar: A Lenda de Aang e Mega Man. Cada pacote adiciona personagens, veículos e pistas próprias, ampliando bastante o apelo do jogo e atraindo públicos que vão além dos fãs do Sonic.

Performance e gráficos no Nintendo Switch 2
É aqui que a nova versão realmente faz diferença. No Nintendo Switch 2, Sonic Racing: CrossWorlds finalmente entrega o que faltava na versão original. Os gráficos estão mais limpos, com melhor definição de cenários e personagens mais detalhados.
A performance também é excelente. As corridas são fluidas, estáveis e sem quedas perceptíveis de frame rate, mesmo nos momentos mais caóticos, com muitos efeitos na tela. A sensação geral é de um jogo mais polido e muito mais agradável visualmente.
Comparado ao Nintendo Switch original, a diferença é clara e bastante significativa. Se antes o visual era um dos pontos mais fracos da experiência, agora ele deixa de ser um problema e passa a complementar bem a jogabilidade.


Um dos melhores jogos de corrida do Sonic
Mesmo sem reinventar o gênero, Sonic Racing: CrossWorlds se consolida como um dos melhores jogos de corrida já feitos com o ouriço azul. Ele não chega ao nível de Mario Kart em termos de impacto ou refinamento, mas dentro da franquia Sonic, é uma das experiências mais competentes e divertidas.
CrossWorlds não reinventa a fórmula, mas traz algumas mudanças importantes em relação aos títulos passados. Diferente de Team Sonic Racing, que focava no trabalho em equipe, aqui o destaque é o conceito de multiverso, unindo personagens e cenários de diferentes eras em um mesmo espaço. O elenco também está mais variado, com parcerias e atualizações sazonais que expandem constantemente o conteúdo, algo inédito na série. Em termos de jogabilidade, há um polimento notável: os controles são mais fluidos e a sensação de velocidade é mais próxima do que se espera em um jogo do Sonic, sem distrações como transformações de veículos vistas em All-Stars Racing Transformed.


Conclusão
Sonic Racing: CrossWorlds no Nintendo Switch 2 é a versão definitiva do jogo até agora. A base continua sendo a mesma, com jogabilidade acessível, pistas inspiradas e um conceito de multiverso que funciona muito bem. A grande diferença está na parte técnica, que finalmente acompanha a ambição do projeto.
No Switch original, o jogo divertia, mas ficava devendo visualmente. No Switch 2, ele se apresenta de forma muito mais convincente, elevando a experiência como um todo. O jogo já está disponível na eShop brasileira custando R$ 349, enquanto o pacote de melhorias, para quem já possui a versão do Nintendo Switch está custando R$ 100.
No fim das contas, CrossWorlds cumpre bem seu papel: diverte, homenageia o legado do Sonic e, agora com o Nintendo Switch 2, entrega uma experiência técnica à altura da sua proposta. Para fãs do personagem e para quem busca um jogo de corrida arcade com identidade própria, é uma recomendação fácil.
Sonic Racing: CrossWorlds on Nintendo Switch 2 is the version the game always needed. Its fun and accessible foundation remains intact, now supported by cleaner visuals and stable performance that better highlight the multiverse concept and the game’s identity-driven tracks. It doesn’t reinvent the genre, but it firmly stands as one of the best racing games in Sonic’s history.
[Nota do Editor: Sonic Racing: CrossWorlds foi analisado com uma versão do Nintendo Switch 2. Uma chave do jogo foi gentilmente cedida pela Theogames para avaliação.]














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