Castle Kong - um arcade clássico, tanto no lado bom quanto no ruim

Castle Kong – um arcade clássico, tanto no lado bom quanto no ruim

Assim como jogos dos antigos fliperamas seu objetivo aqui é ultrapassar os obstáculos e correr atrás da maior pontuação. Entre os obstáculos estão o level design, plataforma, inimigos e também a repetição, os controles e a movimentação na fase.

Castle Kong, da Drowning Monkeys Games, é um jogo arcade (no melhor e no pior sentido do gênero) que é uma grande homenagem ao gênero e a jogos como Donkey Kong dos antigos fliperamas dos anos 90. Um rei maligno rapta a princesa e resta a você subir (ou descer) as plataformas e resgatar a donzela em perigo. Parece algo que você já viu antes? Parece algo clichê? E é. Castle Kong é basicamente uma releitura do clássico do macacão da Nintendo.

Donzela em Perigo

O jogo não é apenas uma releitura, é uma homenagem aos clássicos, tanto que até ganhou um arcade verdadeiro para o jogo. E assim como em um arcade real o jogo é rápido, sua “moeda” vale 3 vidas e com elas você deve tentar vencer os quatro estágios diferentes em 22 níveis (trazendo os mesmos estágios em versões mais difíceis), ultrapassar os inimigos (por vezes matá-los com “armas” que você consegue por algum tempo durante o jogo), salvar a princesa em cada lugar e no meio disso juntar a melhor pontuação possível.

E o jogo é basicamente isso, vencer os inimigos, usando suas apenas três vidas e juntar pontos. O modo competitivo (consigo mesmo e com os pontos de outros) é ligado ao máximo em Castle Kong. Você sempre quer bater seu último recorde, vencer tal pontuação, alcançar tal estágio específico e assim por diante. É muito interessante competir consigo mesmo e nisso o jogo se supera. Castle Kong ainda pode ser jogado na vertical no modo portátil do Switch e é bem interessante a possiblidade.

Os Altos e Baixos

Mas nem tudo são flores em pixel. Apesar da nostalgia o sistema de jogos arcade é precário em relação a jogos atuais, mesmo os retrô e feitos em homenagem a outras eras e gêneros. Castle Kong traz uma homenagem incrível, mas também traz os defeitos da era, com fases repetitivas, alguns efeitos sonoros interessantes que não se sobressaem a música que depois de um tempo chega a irritar e alguns outros efeitos que te tiram da gameplay (como os sons de passos do protagonista que não seguem o ritmo do andar dele, é chato) e os controles difíceis e arrastados.

O personagem principal anda e pula como um personagem de arcade antigo, ou seja, bem devagar e as vezes pouco responsivo. Quando você achar que conseguirá pular um inimigo, pode ter errado o cálculo da velocidade e ali se foi uma das suas três vidas. Ou você aprende, perdendo uma outra vida, que seu personagem não consegue pular de certas alturas. É por vezes frustrante, mas bastante condizente com a era representada.

Nos Tempos do Fliperama

Castle Kong é uma bela homenagem aos arcades clássicos, tem uma arte em pixel moderzinada e traz todo o sentimento de competição e recordes da era de ouro dos fliperamas. Pena que também traz juntos diversos problemas da mesma era. Mas é um jogo que, por US$6,99 (mais ou menos R$42,00 – não disponível na eShop brasileira), é uma ótima pedida se você é fã do tipo de jogo e gostaria de relembrar e sentir a nostalgia dos velhos tempos.

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[Nota do Editor: Castle Kong foi analisado a partir da sua versão para Nintendo Switch. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela PR Hound para avaliação.]


[A coluna acima reflete a opinião do redator e não do portal Project N]

O corpo do Mario. A sociabilidade do Link. A fome do Kirby. E tão vencedor na vida quanto o Ash Ketchum.