Demorou mais de três décadas e muitos problemas diplomáticos com um certo auto intitulado Senhor dos Koopas para enfim chegar a hora dela brilhar, É HORA DO SHOW.
Princess Peach: Showtime! chegou a nós no dia 22 de Março, mês esse conhecido por ser o mês da Mulher, e nos trouxe a Princesa Peach demonstrando a força e a diversidade de papéis que todas as mulheres enfrentam na vida em um jogo simples em sua mecânica mas gigante em conteúdo e execução.
Sendo desenvolvido pela Good-Feel (Yoshi’s Crafted World) e publicado pela Nintendo, sendo exclusivo para Nintendo Switch, Princess Peach: Showtime! é um jogo plataforma com cerca de 30 fases (atos) e algumas boss fights todos com diversos poderes e uma jogabilidade diversificada para cada um deles.
Referencias
Princess Peach: Showtime! não é o primeiro título solo da princesa do Reino Cogumelo. Em 2006 tivemos o lançamento de Super Princess Peach para Nintendo DS onde controlamos Peach em uma aventura pela Vibe Island para regatar Mario e Luigi das garras de Bowser. Super Princess Peach bateu mais de um milhão de copias vendidas no mundo mesmo com a pouca divulgação da época.
Showtime! em menos de um mês já ultrapassou a marca de 77 mil unidades vendidas, isso somente no Japão, graças a grande divulgação e campanhas de marketing. Sem contar as localizações inclusive em Pt-BR, aproximando o jogo de muito mais pessoas do que no passado.
História
Nesta aventura, um dos Toads da Princesa Peach recebe um flyer sobre um grandioso teatro e suas peças incríveis. Assim Peach sai do Reino Cogumelo junto de seus sempre presentes Todas ajudantes para visitar o mais conceituado teatro da atualidade: O Teatro Sparkle. E após chegar no esplendoroso teatro algo de muito estranho acontece…
As portas se fecham, as salas se trancam e Bowser surge querendo seques… Não, não dessa vez!! Essa é uma aventura solo da nossa protagonista, não teremos nenhum “macho alfa” que não sabe ouvir um “não” tentando forçar situações aqui.
Pois bem, após Toad sair para comprar ingressos uma estranha presença surge no salão principal do teatro e se apresenta com o nome de Rubi e declara que o teatro agora pertence à ela. Bem como todas as peças em exibição agora serão de tragédias e estreladas pelos seus lacaios: os Uvaparsas.
Com todos em pânico trancados cabe a Peach reverter essa situação, mas não sozinha, logo em seguida somos apresentados à Estela, uma guardiã do esplendor do teatro que precisa de nossa ajuda pois os Esplendoristas (protagonistas das peças de teatro) sumiram e todas as histórias estão um caos.
Assim, ao terceiro sinal, Peach entra em cena para salvar o teatro e sua magia.
Gameplay
Princess Peach: Showtime! é um jogo majoritariamente no estilo plataforma mas com diversas nuances e adições mecânicas que trazem um renovo a cada novo ato.
E por falar em ato, cada fase do jogo é nomeada dessa forma por se tratar de um teatro. Assim cada peça (mundo) possui três atos (fases) e novas mecânicas são adicionadas a cada peça, combinando com a historia ali contada e contexto ali apresentado.
A jogabilidade em si é bem simples, nos movemos com os botões direcionais/analógico esquerdo e agimos com apenas dois botões principais, B e A. O botão B utiliza uma ação específica para cada peça, e o botão A serve para pular. Além dessas ações, há também uma ação de pose ao pressionar o botão R que interage com alguns elementos do cenário rendendo moedas ou uma passagem para uma “fase bônus”.
Colecionáveis
Cada ato possui um determinado número de esplendoritas, gemas de esplendor, que serão utilizadas mais à frente e também um novo laço de cabelo que age como um cosmético visual.
Não é obrigatório pegar todas as esplendoritas, porém ao avançar com os atos é liberada a função Álbum no menu e uma nova foto (extremamente bonita e empolgante) é desbloqueada caso consiga pegar todas as gemas e o laço daquele ato. Ao todo teremos três fotos para cada peça.
Papéis principais
Aqui temos o clímax do jogo, a mecânica central e que nos encheu de felicidade e curiosidade em seus trailers. Cada peça é tematizada e possui um personagem central (um esplendorista) que está desaparecido e cabe a Peach assumir esse papel. Ao assumir o papel protagonista, Peach se transforma e ganha novas habilidades condizentes tanto com o personagem protagonista, quanto com o contexto da peça onde estamos.
Logo de início nos são apresentados quatro papéis principais: Espadachim, Ninja, Vaqueira e Confeiteira. Cada um deles age de forma diferente e, infelizmente, só é possível ser usado naquela peça. Digo infelizmente pois cada um tem seus detalhes e peculiaridades que mudam a jogabilidade e seria incrível usar esses poderes em outros cenários.
Andares e Desafios
O Teatro Sparkle é uma construção de cinco andares (Subsolo, térreo e mais três andares) age como um grande hub de fases onde podemos transitar entre os “mundos” e cada andar (exceto subsolo) possui quatro fases e ao término de todas elas uma porta para o chefe do andar é liberada. Aqui será usada algumas esplendoritas coletadas em cada fase para entrar na sala do chefe e enfrentá-lo.
Após derrotar o chefe, um novo andar é liberado e assim sucessivamente e naquele andar um novo desafio será liberado para um dos papéis já desbloqueados. Esses desafios geralmente envolvem derrotar um numero máximo de inimigos, sem levar dano, em um tempo limite. O prêmio são moedas e laços para customização dos personagens.
Design e Trilha Sonora
Como mencionado acima, Princess Peach: Showtime! se passa dentro de um teatro e suas fases são atos de uma determinada peça e isso é claramente perceptível em cada momento. Mas isso não é algo negativo, muito pleo contrário. É graças, justamente, à esses elementos no cenário que vemos a beleza das historias individuais e tantas possibilidades dentro do Teatro Sparkle. Não é um jogo extremamente polido, mas sim perfeitamente adequado à proposta.
A magia do Teatro
Durante todo o gameplay é notório e perceptível que cada fase (ato) se passa em um palco de teatro. Todo o cenário demonstra que há muito papelão envolvido, fios e arames suspendendo nuvens e outros objetos, bastidores nas fases bônus, etc. Porém em diversos momentos tanto a narrativa quanto a movimentação de câmeras pela progressão na fase te prende de tal forma que esse detalhe some e ficamos imersos desejando saber mais da história, exatamente como ocorre ao assistir uma peça de teatro real!
Customização
Um outro fator interessante, que ajuda a diferenciar um pouco de acordo com o gosto de quem joga, é a customização das personagens. Tanto Peach quanto Estela podem customizar suas vestimentas conforme desbloqueiam o vestido e a fita nas fases, vencem os chefes ou simplesmente podemos comprar esses itens com o vendedor no piso térreo.
Isso não afeta a jogabilidade, é apenas uma questão visual. Mas é legal!
Level Design
Como cada peça é única e retrata uma história diferente, temos aqui um ótimo exemplo exploração do gênero plataforma. Enquanto em uma fase temos um combate ferrenho e/ou estratégico, na fase seguinte agimos quase como um point-n-click. Seguindo para uma corrida com obstáculos e depois um Shoot’n’Up.
Toda essa mistura de estilos diferentes, sem abandonar o conceito de plataforma, faz com que o jogo não caia no desgaste e te prenda cada vez mais. Porém, infelizmente, muitas dessas fases, ou as mais empolgantes, são curtas ou rápidas demais deixando aquele gostinho de “quero mais”.
Detalhes Técnicos
Princess Peach: Showtime! está totalmente, e perfeitamente, localizado em Pt-BR e com bastante dialogo em sua história. É um jogo de apenas um jogador, possui pouco mais de 4,5gb e encanta com tamanho esplendor! Mas como nem tudo são flores, o jogo veio a preço cheio de R$ 300,00 na eshop brasileira… Ainda assim é possível encontrar a mídia física por um valor abaixo da digital, e dessa forma fica mais interessante!
[Nota do Editor: Princess Peach Showtime foi analisado a partir da sua versão para Nintendo Switch. A cópia do jogo foi gentilmente cedida pela Nintendo para avaliação.]
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