Processo criativo de Shigeru Miyamoto nunca para, afirma Reggie Fils-Aimé

Processo criativo de Shigeru Miyamoto nunca para, afirma Reggie Fils-Aimé

Reggie Fils-Aimé lançou um livro entitulado “Perturbando o jogo: do Bronx ao topo da Nintendo”, e de dentro das memórias do antigo presidente da Nintendo of America, muita informação interessante surgiu. Uma delas é referente ao processo criativo de Shigeru Miyamoto, criador de Mario, que, segundo Reggie, “nunca para”.

Na história comentada, Reggie estava levando Yasuhiro Minagawa da NCL para uma bebida no Keens Steakhouse, devido a uma forte seleção de uísques e vinhos e, apesar de não beber álcool, Miyamoto saiu para tomar um café e ficou fascinado com o teto, onde estão centenas de cachimbos tradicionais dos clientes. Sendo tradicionalmente feitos de barro, a ideia era que devido à sua natureza delicada fossem guardados nas instalações para os estimados clientes num ‘Pipe Club’, para que pudessem solicitá-los nas visitas. Uma premissa antiquada, sem dúvida, mantida para a história do restaurante, mas Reggie estava na verdade observando Miyamoto durante essa visita:

Durante tudo isso, concentrei-me no Sr. Miyamoto. Ele estava sorrindo durante as traduções do Sr. Minagawa ao ouvir essa história. Ele inclinava a cabeça e olhava para os canos no teto. Eu estava imaginando todas as ideias que se agitavam dentro do cérebro do Sr. Miyamoto. Quando você vir um jogo da Nintendo que apresenta uma sala com cachimbos longos e finos no teto, você saberá de onde veio a ideia. […] Tenho a sorte de ter feito parceria com ele e com o Sr. Iwata, aprendendo com duas das mentes mais criativas e inovadoras da indústria de jogos.

Segundo Reggie, Miyamoto também em muitas reuniões costumava ficar relativamente quieto, tomando notas em um diário encadernado em couro, feito para capturar ideias. “Estou sempre pensando em novas ideias“, ele dizia.

O corpo do Mario. A sociabilidade do Link. A fome do Kirby. E tão vencedor na vida quanto o Ash Ketchum.