Dia 21 de fevereiro é uma data que aquece o coração de muitos gamers no mundo. Há 38 anos, conhecemos o herói que atua como o “elo” entre o jogador e o personagem e nos ensina a explorar mundos vastos e recheados de mitologias e detalhes. Esses mundos nos inspiram a teorizar, admirar, louvar a Deusa Hylia e servir a princesa que ‘reina soberana nos corações dos fãs dessa franquia.
A cada aniversário, The Legend of Zelda fica cada vez maior; seus títulos ajudam a saga a se estabelecer como um dos maiores títulos de games que existe. Como uma singela homenagem, preparei uma lista dos 10 maiores jogos da franquia, baseada inteiramente em preferências pessoais (afeto, nostalgia, criatividade, inovação, carinho pelo game etc.), sem utilizar como base notas, avaliações ou premiações. Então, vamos à leitura?!
10. The Legend of Zelda Skyward Sword
Este é, sem dúvidas, o título mais controverso de toda a franquia. Odiado devido aos seus longos diálogos, trama lenta, deslocamentos excessivos, dificuldade com os joycons, suposta linearidade; amado por ser o jogo que dá início à saga, trazendo personagens carismáticos, puzzles incríveis e talvez o campeão no quesito level design (as dungeons são incríveis).
A verdade é que SS tem um certo apelo, não apenas por anteceder e de certa forma ser o propulsor do marco Breath of the Wild, mas por ser um jogo que entrega a diversão que o jogador deseja. No game, encontramos em uma batalha entre o Rei Demônio Demise e a Deusa Hylia, a terra foi completamente devastada e numa tentativa de salvar os habitantes ali existentes, a entidade divina do jogo os envia para o céu para escapar do raio de destruição que estava por ali.
Com o passar dos anos, observamos que os humanos conseguiram se desenvolver por ali, apesar de desconhecer o que habita o solo, se estabelecendo no reino dos céus Skyloft onde somos apresentados a Link e sua melhor amiga(interesse romântico será?!) Zelda. Após os eventos iniciais do game, a princesa é puxada por uma força maligna para o então desconhecido lugar abaixo das nuvens sendo destinado a Link, a missão de ir resgata-la.
Apesar de algumas criticas (algumas corrigidas com a versão em HD para Nintendo Switch), o game sabe contar bem sua narrativa, trazendo profundidade nos temas abordados e contando um verdadeiro inicio para tudo.
9. The Legend of Zelda: A Link Between Worlds
Um jogo que você joga sorrindo do início ao fim. The Legend of Zelda: A Link Between Worlds é um título excelente da franquia que, juntamente outros Zeldas para portáteis, está no mesmo patamar de títulos para consoles de mesa.
O jogo, que é uma continuação direta do clássico do SNES A link to the Past (o nome em japonês é “Triforces of God 2”), foi lançado em 2013 e encanta pelos traços delicados dos personagens, conseguindo unir a nostalgia com a novidade, em que visitamos um mundo repaginado, mas em um game com sua própria identidade, entregando jogabilidade diferente e encantando a cada progresso que fazemos.
Aqui partimos mais uma vez em busca de salvar a princesa Zelda que após anos passados do fim dos eventos do jogo anterior, é sequestrada pelo feiticeiro Yuga e levada para o reino de Lorule. O vilão parte em buscar de resgatar os 7 sábios e poder ressuscitar o temido Rei Demônio Ganon e cabe a Link a missão de impedi-lo. Indispensável para qualquer fã da saga.
8.The Legend of Zelda: The Minish Cap
Talvez seja um jogo que você, leitor, pense ser absurdo estar nessa lista, mas Minish Cap é um título pelo qual tenho muito carinho. É lindo como MC foi incrivelmente bem desenvolvido pela Capcom (sim, não se espante com essa notícia caso você desconhecia isso, mas o game foi desenvolvido pela empresa japonesa juntamente com a Flagship, com a Nintendo apenas supervisionando o projeto).
O game é BELÍSSIMO. Adicionaram um visual com cores muito fortes e vivas, mas com muita delicadeza. O game, originalmente lançado para Game Boy Advance em 2004, conta a história de Link enfrentando um dos melhores vilões da saga: Vaati, que sequestra a princesa Zelda
depois da comemoração do festival Minish.
Depois disso, nosso herói inicia uma aventura envolvente junto a Ezlo, o gorro do Link, que é um personagem super carismático e que ajuda nosso herói a progredir no game. Divertidíssimo, ótima jogabilidade, narrativa divertida, incrivelmente bom.
7. The Legend of Zelda: Twilight Princess
Confesso que foi com muito pesar que trouxe este título na sétima posição (um pouco distante do primeiro lugar, mas os games que virão não poderiam estar em outras posições). Twilight Princess foi lançado para o Nintendo GameCube e Wii em 2006 e foi um dos títulos mais aguardados pelos fãs, que clamavam por rever Link em sua forma adulta, apresentada até então apenas em Ocarina of Time.
O game é muito diferente de todos da franquia, trazendo uma atmosfera extremamente tensa e obscura, sendo disparado o game mais sombrio de todos. Paralelo a isso é talvez o que tem a melhor narrativa, pois sua história é, de fato, muito bem contada, coesa e desenvolvida, com reviravoltas capazes de prender amante de roteiro.
Na trama, Link tenta salvar o reino de Hyrule de ser absorvido pelo reino do Twilight (crepúsculo, em inglês), liderado por Zant, o rei usurpador que tenta, juntamente com um antigo vilão da série, destruir absolutamente tudo. A densidade é vista também na narração, trazendo emoção a cada etapa do jogo.
6. The Legend of Zelda: The Wind Waker
Meu coração fica quentinho ao falar desse game. Até hoje polêmico devido ao visual cartunesco (considerado por muitos como “bobo”), é uma sequência direta de Ocarina of Time, se passando milhares de anos após a derrota de Ganondorf, retratando a quebra do selo pelo vilão, aprisionado pelos sábios no game de 1998, e sua busca por vingança nesse novo mundo tomado completamente por água.
Neste game, Link é uma reencarnação do nosso herói, habitante da Outset Island, que encara logo de cara a missão de ter que resgatar sua irmã após ela ser raptada pelo vilão do jogo. Ele sequestra diversas mulheres com um objetivo que não será revelado para não estragar sua surpresa caso você ainda não tenha jogado The Wind Waker. O game não foi um grande sucesso de vendas muito por conta do ar infantil que carrega devido ao seu visual, mas isso é algo que posso garantir que passa despercebido com a progressão do jogo.
O game é um autêntico Zelda, e se você acha que jogará um jogo bobo, jogabilidade ruim e sem desafios, pode esquecer. Com seu belíssimo visual, navegar nas águas do imenso oceano é extremamente relaxante, mas também há muitos desafios espalhados pelo mapa. Talvez, se tivesse um visual diferente (deixando claro que essa crítica não é sustentada pelo autor do texto), o game pudesse ter um maior reconhecimento.
5. The Legend of Zelda: Majora’s Mask
Tão tenso e obscuro quanto Twilight Princess, mas ainda com ar e leveza devido aos gráficos idênticos aos de Ocarina of Time, Majora’s Mask é um dos títulos mais incríveis da franquia – e talvez um dos mais injustiçados devido à pouca comoção em torno dele, uma vez que é um dos games da saga que possui os puzzles mais incríveis.
MM é também uma sequência dos fatos narrados pelo seu antecessor. Logo no início, vemos Link no reino de Termina em busca de sua amiga Navi, que se separou do herói após os eventos anteriores. Durante a procura, ele se depara com o estranho Skull Kid, que tem em mãos uma máscara muito misteriosa. À medida que progride, você descobre que a feiura do acessório é totalmente proporcional ao poder dela.
Após o encontro, Link fica aprisionado no corpo de um Deku. Como se não bastasse todo esse caos, o nosso herói acaba descobrindo que em 72 horas a imensa lua no céu está prestes a colidir com a terra graças aos poderes da máscara de Majora, e a destruição do mundo é iminente. Bacana, né? Link, então, percorre o reino para entender melhor o que está acontecendo e, após conhecer vários aliados, almeja destruir os planos de um dos vilões mais icônicos da franquia.
4. The Legend of Zelda: A Link to the Past
A Link to the Past foi responsável por introduzir muitos à franquia, por isso, o nível de apreço é muito grande. Talvez seja por isso que o game lançado para o SNES esteja tão bem classificado, mas não posso deixar de considerar a qualidade do game, que certamente é um dos melhores da franquia. Seu enredo narra luta de Link para impedir o retorno de Ganon, que ameaça destruir todo o reino de Hyrule.
O game é o terceiro da saga, sucedendo o criticadíssimo Zelda II: The Adventure of Link e retomando a visão superior, presente no primeiro jogo. O jogo, já adianto a vocês, é enorme e muito, mas muito desafiador, trazendo diversos puzzles e uma história rica em detalhes e trazendo pela primeira vez uma narrativa profunda em seu conto.
O jogo foi justamente necessário por expandir mais ainda toda a mitologia da série, talvez possa ser considerado o real propulsor já que teve-se um cuidado a mais para os detalhes da história do jogo, sendo como base inclusive para diversos jogos a serem vistos adiante. Se Legend of Zelda iniciou tudo, ALTTP deu o pontapé para de fato ser uma lenda.
3. The Legend of Zelda: Breath of the Wild
Antes de começar a falar sobre o título, é preciso entender o contexto em que ele foi lançado. Nessa época, a Nintendo vivia sobre fortes rumores de grave crise financeira, inclusive que poderia falir ou até mesmo ser adquirida por outras concorrentes. A franquia Zelda estava estagnada e, apesar de títulos de grande renome, não conseguia atrair grande apelo da mídia, que ansiava por um título tão ou mais revolucionário que Ocarina of Time.
Após cinco anos de desenvolvimento, a Nintendo mostrou ao mundo o jogo que entraria para a história como um dos maiores jogos de todos os tempos. The Legend of Zelda: Breath of the Wild encantou jogadores novatos e antigos com um mundo aberto que, mesmo cartunesco, apresentou um visual realista e muito bonito, como nada visto antes. O título nunca casou tão bem com o que o game propôs: a natureza tem um peso fortíssimo sobre todas as decisões que você toma no jogo, envolvendo climas adversos, inimigos, alimentos, armaduras etc.
Além disso, a sensação de caminhar pelo mundo aberto, se aventurar como um ser selvagem, como se estivesse dando os primeiros passos de sua vida, é extremamente cativante. Seu início faz alusão a alguém que está (re)descobrindo a vida e do que seu corpo é capaz – e o progresso de Link e do jogador no jogo andam juntos; este “elo” nunca foi tão forte. A liberdade, antes limitada, agora é infinita, tanto no sentido físico quanto no criativo, pois até hoje vemos jogadores descobrindo segredos e jeitos diferentes de jogar o BotW, mesmo ele tendo sido lançado em 2017.
Breath of the Wild é o que a saga precisava para ser gigante, elevar seu nível e se consolidar de fato como uma lenda dos games. No jogo, Link acorda depois de 100 anos de uma guerra que arruinou o reino de Hyrule. Com a calamidade Ganon à solta, a sensação de medo e perigo é constante. Cabe a você ajudar o herói a pôr um fim no vilão e trazer a paz de volta ao reino.
2. The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom
Se eu for falar da questão da importância, acredito que o seu antecessor é superior, mas em uma lista de melhores games, não tem como Tears of the Kingdom ficar atrás de Breath of the Wild. Tears é o Zelda que todos queríamos desde o primeiro jogo da franquia. Se antes fiz uma alusão à (re)descoberta da vida e das capacidades do seu corpo, agora falo da descoberta da mente, do quão criativo você pode ser para mergulhar fundo no game.
Muito maior e com muito mais vilas, personagens, interações, armas, armaduras e desafios, o jogo exige muito mais criatividade do jogador. Se antes faltavam dungeons, Tears conta com cinco 5 excelentes templos para serem completados. Os chefes são muito carismáticos, e o vilão traz consigo o ar místico e maligno de um dos maiores do mundo dos games.
Tenho para mim que um Master Mode cairia muito bem, mas enfim… O game é uma sequência direta de Breath of the Wild, com Link sendo desafiado a desvendar o desaparecimento da princesa Zelda após um encontro misterioso no subsolo do Castelo de Hyrule. Mais uma vez, a paz no mundo está sob ameaça, e nosso herói é o único capaz de protegê-la.
Para este título, a nostalgia é apenas UM fator que ajuda a colocar Ocarina of Time no topo, como o melhor de todos. OOT simplesmente dá uma aula do que é fazer um game, do que é você ter as ferramentas em mãos e entregar uma obra-prima.
Ele é o que faz jus ao tamanho da franquia The Legend of Zelda. Lançado em 1998, OOT tem um design incrível e inovador para época, uma trilha sonora IMPECÁVEL (se você acha que estou exagerando, basta conferir no YouTube, Instagram e TikTok os milhares de vídeos com versões e remixes excelentes da trilha sonora do jogo para entender o impacto que Koji Kondo causou), uma gameplay sensacional e uma história coesa.
Ocarina of Time é facilmente identificado como o melhor game de todos os tempos em diversas listas; contudo, com o passar dos anos, há quem diga que o game “envelheceu mal” devido às limitações gráficas da época em que foi lançado. Porém, passado o impacto inicial de um game feito há mais de 25 anos, o que você terá em mãos é a grandiosidade na sua tela. Level design impecável, dungeons marcantes, chefes icônicos e batalhas que exigem o melhor de você como jogador. Sinceramente, não é o melhor à toa.
Na trama, somos apresentados pela primeira vez a Ganondorf, o vilão dos vilões, o badass da franquia, o rei dos Gerudo, que propõe uma união com o rei de Hyrule para aumentar seu poder e, deste modo, fazer tudo o que deseja. Link, uma criança que sofre bullying das outras crianças por não ter uma fada, é convocado pela Árvore Deku, a grande protetora das florestas de Hyrule, para tentar combater o mal que ameaça a paz do reino.
Se você pensar, “mas por que uma criança?”, saiba que o destino é a resposta para tudo…
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